A Bioinformática é uma área de estudo multidisciplinar. Pela sua base computacional, permite interligar e aproveitar os recursos e conhecimentos de diversas áreas da Engenharia, Matemática e Estatística, desenvolvendo-se no sentido de construir novos métodos e procedimentos informáticos para a extração, análise e interpretação de dados biológicos.
De esta forma, a Bioinformática vem assumindo um papel central no avanço de áreas do conhecimento biológico assentes no processamento massivo de dados, como a genómica, proteómica, metabolómica ou transcriptómica. É ainda usada em outros ramos da biologia como a biologia estrutural, sistemas biológicos, biologia evolutiva ou ecologia.
Em Portugal, a Bioinformática tem apresentado um crescimento progressivo. Os diferentes centros de investigação reconhecem a utilidade destes métodos, quer para os seus trabalhos decorrentes, como para novos projectos. Face a isso, já diversas instituições de ensino superior incluem a Bioinformática e a Biologia Computacional na sua oferta formativa de forma a dar resposta às necessidades emergentes do mercado. Importante ainda notar a existência de consórcios como o GenomaPT, projectos como o OLISSIPO, e infraestruturas como o BioData.pt que facilitam a comunicação entre unidades de investigação com contacto recorrente com a área e potenciam os projetos nacionais.
A Liga Portuguesa de Bioinformática (LPB) vem complementar o panorama da área a nível nacional. Inspirado na sua congénere brasileira, que já completou duas edições, a LPB procura incentivar o talento nacional em Bioinformática a pôr os seus conhecimentos à prova em várias fases da competição, motivando assim o progresso dos mesmos e incentivando a formação contínua. Procura ainda facilitar o contacto e integração da comunidade nacional a trabalhar na área e possíveis colaborações dentro da mesma.